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🌍 Como as Geotecnologias podem auxiliar os Projetos de Linhas de Transmissão?⚡

  • Rafael Lima de Oliveira
  • 25 de set. de 2024
  • 3 min de leitura

A expansão da infraestrutura energética no Brasil, especialmente no setor de transmissão, é essencial para garantir a segurança e a distribuição eficiente de energia em um país com dimensões continentais. No entanto, sua implantação está frequentemente associada a complexos desafios ambientais, sociais e econômicos.

🌿 Na busca de apoiar em decisões de planejamento mais sustentáveis, o geoprocessamento fornece metodologias de análises como a Análise Multicritério (AMC), uma ferramenta atualmente indispensável no processo de definição de alternativas locacionais, apoiando diretamente no licenciamento ambiental e nos estudos de Pré-leilão da ANEEL.

🔍 A análise multicritério é uma técnica que permite a consideração simultânea de múltiplos fatores na tomada de decisão, como aspectos ambientais, sociais, técnicos e econômicos. No contexto das LTs, ela possibilita a modelagem de diferentes cenários locacionais com base em critérios como:


  • Sensibilidade ambiental: áreas de preservação permanente (APPs), unidades de conservação, corredores ecológicos e presença de espécies ameaçadas.

  • Viabilidade técnica: proximidade com subestações, terrenos adequados para instalação de torres e interferências com outros usos do solo e outros empreendimentos.

  • Impactos socioeconômicos: áreas habitadas, terras indígenas, comunidades quilombolas e infraestruturas existentes.


📝 Relevância nos Estudos de Pré-Leilão da ANEEL

Os Estudos de Pré-Leilão da ANEEL têm como objetivo proporcionar que as empresas que participam dos leilões de transmissão apresentem projetos viáveis, tanto do ponto de vista técnico quanto ambiental. Nesse contexto, a análise multicritério desempenha um papel fundamental ao fornecer subsídios para que as empresas elaborem alternativas locacionais que maximizem suas chances de sucesso no processo de licitação.

A escolha criteriosa de traçados não apenas facilita a aprovação dos projetos pelos órgãos ambientais, mas também pode influenciar diretamente a competitividade da proposta no leilão, reduzindo custos de projeto e com compensações e medidas mitigadoras.

⚖️Relevância no Licenciamento Ambiental

O processo de licenciamento ambiental para LTs no Brasil envolve a avaliação de alternativas locacionais que sejam ambientalmente viáveis e tecnicamente adequadas. A utilização da AMC oferece ao empreendedor e aos órgãos ambientais, um instrumento robusto para justificar tecnicamente a escolha de traçados. Isso é particularmente importante porque a escolha inadequada de alternativas locacionais pode resultar em:


  • Atrasos no processo de licenciamento, devido à necessidade de realizar estudos complementares ou ajustes no traçado.

  • Custos adicionais, seja pela compensação ambiental ou pela implementação de medidas de mitigação.

  • Conflitos com comunidades locais, resultando em judicialização e protestos.


Nesse sentido, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama já solicita no TR a adoção de modelagem computacional para definição de alternativas locacionais durante a fase de obtenção de Licença Prévia (LP) para LTs.

📌 Foi pensando no Leilão de Transmissão nº 2/2024, que ocorrerá na sexta-feira (27/9) que a Elemental Meio Ambiente e Geotecnologias analisou as melhores alternativas de traçado para um dos lotes participantes, o Lote 1 - Sublote 1A.

O estudo de alternativas locacionais seguiu a abordagem de Nobrega et al. (2009) e Nabuco de Araujo (2016), que tem base na modelagem espacial pela combinação algébrica de critérios espaciais previamente definidos. O objetivo é minimizar a extensão da linha de transmissão (LT) e reduzir interferências em áreas de interesse ambiental e social, integrando técnicas de geoprocessamento e análise multicritério.


Resultado da modelagem para os 3 cenários avaliados.

Foram considerados três cenários de ponderação (Ambiental, Fundiário e Engenharia), abrangendo sete grupos temáticos: áreas protegidas, vegetação natural, formações não naturais, impacto paisagístico, ambiental, socioeconômico e econômico. Esses critérios envolvem aspectos ambientais, técnicos e custos de implantação.


Assim foi possível apontar a alternativa com menor impacto ambiental e maior viabilidade técnica, operacional e financeira.

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